“Se a natureza fez-nos a nós, mulheres, de todo incapazes para as boas ações, não há, para a maldade, artífices mais competentes” Medeia
Q importa eu ser cruel se as pessoas que dizem querer meu bem o fazem na tirania da imposição de suas idéias de bem?
Q importa eu ser cruel se toda pedagogia q conheço, antes de estimular a liberdade e a expansão do afeto, é autoritária e não dialética?
Q importa eu ser cruel se toda pedagogia q conheço, antes de estimular a liberdade e a expansão do afeto, é autoritária e não dialética?
Q importa eu ser cruel se qdo eu amo recebo mais indiferença q quem explora?
Q importa eu ser cruel se qdo eu sonho utópico sempre dou de cara com o Muro?
Q importa eu ser cruel se a malícia sempre faz frente a minha franqueza?
Q importa eu ser cruel se quem fala de amor e revolução pratica o mesmo jogo de poder?
Se todo ídolo visto de perto tem pés de barro
Q importa eu ser cruel se a caridade é um dogma temente a Deus?
Q importa eu ser cruel se a caridade é um dogma temente a Deus?
Q importa eu ser cruel se a harmonia da natureza vale-se da ordenação da violência?
Se o caos q rege o cosmos n tem piedade de seus particulares?
Se o q é instituído como justiça é a justificação de uma ordem injusta?
Q importa eu ser um malfeitor se a cartilha de Maquiavel rege mais as relações sociais q o desinteresse de uma alma aberta?
Se a Vontade de Poder só é refreada pelo Medo e por outro Poder?
Se o q se chama de Amor é um produto inconsciente do egoísmo?
Se o amor dos casais n passa de um complô, a cumplicidade de um crime, uma dominação, uma guerra, cimentada pelo instinto sexual e iniciada pelo capricho egoísta da seleção natural?
Se o amor ao filho é o desejo radical e nem sempre consciente de perpetuar a si mesmo?
Quantas relações tidas como desinteressadas são sustentadas pelo mesmo tópico q o comércio - o escambo, a troca e a afinidade eletiva?Se a dor q me comove no outro é apenas projeção da minha própria dor e do meu medo de, sendo conivente, justificar perante os deuses e os mortais q mereço a mesma dor?
Se a instituição da n agressão e n exploração é apenas uma forma velada de garantir q os dominados n conspirem contra os dominadores, enqto dão curso livre à sua exploração?
Q importa querer mudar o mundo, se o único mundo q importa e é possível mudar é o meu mundo?
E dizer q sofrendo a crueldade n verei sentido em fazer sua apologia é o mesmo q dizer q perdendo o jogo n vejo sentido em jogar - por má fé, pretensão ou arrogância pois nunca conseguirei suspender a crueldade do mundo, tal como a gravitação dos corpos
E sobretudo, mesmo me expressando, q importa converter alguém do q eu vejo assim como um cristão ou um comunista se o q está gravado em minhas retinas n o redime nem o torna meu aliado?
26dez2011
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